ENTENDENDO UM POUCO DO POR QUE A PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA E, PRINCIPALMENTE, A NEUROCIÊNCIA COMPORTAMENTAL, SÃO CONHECIMENTOS TÃO PODEROSOS PARA O DESENVOLVIMENTO E EMPODERAMENTO DA SUA LIDERANÇA

Meu interesse nesse artigo não é explicar o que é a PNL ou contar sua história, iniciada na década de 70, nem explicar acerca das Neurociências. Meu intuito, nesse texto, é transmitir como a Programação Neurolinguística e a Neurociência Comportamental me ajudaram e podem te ajudar a desenvolver e potencializar a sua liderança.

Como já foi dito por mim algumas vezes, no início da minha carreira como gestor, há 20 anos, eu senti muita dificuldade na obtenção de produtividade, além de me desgastar muito com o relacionamento com o grupo ao qual eu fazia parte e tinha a função de liderar.

Eu era bem mais jovem e, como a maioria dos jovens, eu acreditava que liderar significava influenciar. Eu tinha como verdade a ideia de que bastava postura e voz firme para conseguir engajamento da equipe e, consequentemente, ótimos resultados de produtividade. Em razão desse meu entendimento equivocado naquele época, bem como a diferença entre influenciar e liderar, o resultado não poderia ser outro, senão conflito, estresse e improdutividade.

A partir de determinado ponto, precisei entender que eu era uma das variáveis, ou a principal variável, que comprometia a produtividade e o desenvolvimento do time, com relação ao seu aperfeiçoamento. Ocorre que, em um dos meus primeiros cursos de aperfeiçoamento, eu descobri a Programação Neurolinguística e os benefícios que a sua prática poderiam trazer a mim e ao meu time.

Comecei a entender, então, acerca do perfil de algumas pessoas, com relação a como funcionam os seus canais de percepção da realidade. A partir daí, entendi porque algumas pessoas tem mais facilidade em gravar (na mente) o teor de um diálogo quando estão olhando para o comunicador. Isso sugere que essas pessoas são predominantemente visuais, ou seja, percebem melhor a realidade através de recursos visuais.

Outras pessoas, no entanto, para assimilarem um conteúdo, não precisam estar olhando para o comunicador, enquanto ele transmite o conteúdo. Isso sugere que essas pessoas são, predominantemente, auditivas, ou seja, percebem melhor a realidade através de recursos auditivos.

Outras tantas, assimilam melhor a informação quando há recursos cinestésicos envolvidos, como um aperto de mão, um sorriso, ou algo que desperte uma lembrança, um sentimento.

Só esse pequeno conteúdo, acredite, já faz uma diferença enorme na forma como você vai conseguir se conectar com o seu time, para a obtenção dos melhores resultados, na linha do que você almeja de produtividade. Contudo, obviamente, apenas esse contexto, embora de efeito muito rápido, não se sustenta no longo prazo se não for conjugado com outros conteúdos da PNL.

Entendo de extrema relevância, também, como funcionam os filtros por que passam a nossa comunicação, ou seja, os níveis porque fluem a comunicação. Nesse sentido, a informação surge de um nível profundo da nossa mente e, ao chegar nos mecanismos de transmissão, ou nível de superfície, sofrem uma filtragem, onde uma parte da mensagem será deletada, outra modificada e outra generalizada, tudo isso com base nas crenças que guardamos no momento da comunicação.

Mas o suplemento mais relevante, que me fez desenvolver o meu método, que deu mais significado à minha experiência prática dos conceitos aprendidos até então, que validou o que eu havia percebido ao longo desses anos de liderança com pessoas dos mais variados perfis e, dentre eles, o meu próprio perfil, o qual considero um tanto desafiador de convivência, foi a Neurociência Comportamental.

Considerada, por muitos, a quarta ferida narcísica da humanidade, a Neurociência Comportamental me tirou da posição de observador da realidade para protagonista desta, me dando credibilidade para implementar o que eu sempre observara, mas acreditava ser apenas fruto do meu imaginário, muitas vezes acreditando que seria, inclusive preconceito ou viés.

As portas se abriram para o entendimento da teoria da mente e sua aplicação prática, bem desenvolvida dentro do meu método, a existência dos neurônios espelho e como isso pode nos auxiliar na empatia cognitiva, que difere da empatia de se colocar no lugar do outro e sentir o que outro sente. Esse último conceito sempre me distanciou de muitas oportunidade, por não concordar realmente com isso pois defendo que nunca se consegue se colocar no lugar de uma outra pessoa, pois são histórias diferentes, inconscientes diferentes, crenças diferentes.

A inteligência emocional, a qual já havia estudado por mais de uma década, se tornou também bem mais objetiva e prática, depois de eu aprender seu funcionamento à luz da Neurociência Comportamental. Entendi e passei a orientar as pessoas acerca dos benefícios fisiológicos, psicológicos e profissionais de quanto desenvolvemos inteligência emocional. Isso, obviamente, traz uma grande transformação na forma como o(a) líder vai conseguir elevar, consideravelmente, a produtividade dos seus times, de forma bem mais eficiente e menos desgastante.


Rômulo Frota (2022)